quinta-feira, 30 de outubro de 2014




Uma tarde e várias Crônicas 


Na tarde da terça-feira (21/10/2014), foi realizada uma dinâmica com crônicas de alguns autores brasileiros. Inicialmente, foram apresentados vídeos com animações que tratavam sobre a temática , reforçando a explanação contextual do gênero em questão, bem como sua importância. 
Em seguida, a Bolsista Aline Melchiades realizou uma leitura compartilhada com os alunos de diferenciadas crônicas, estimulando a interpretação e o debate de todos. 
Por fim, foram produzidos alguns cartazes pelos alunos com aspectos, ilustrações e pontos de vistas depreendidos por estes sobre o conteúdo e textos debatidos




















Só o bom professor salva
(por: Luiz Carlos Menezes)


O anúncio de um novo plano nacional com mais recursos para a Educação Básica merece boas-vindas. Seu sucesso, porém, depende em primeiro lugar de uma boa formação de professores, especialmente dos que atuam nas escolas públicas menos favorecidas. Crianças e jovens podem ser receptivos e cordiais ou apáticos e agressivos; podem estar animados com suas perspectivas ou desmotivados por conviver com gente que saiu da escola sem meio nem razão de vida. Por isso, quanto mais difíceis as condições de ensino, maior deve ser o preparo conceitual e técnico do professor — e não o contrário, como, numa lógica perversa, alguns defendem.
Para deixarmos de ser campeões na desigualdade, um programa de aperfeiçoamento da formação inicial e em serviço deve não só considerar isso, mas ter muita clareza sobre qual formação queremos promover. Não basta ser letrado, matemático ou historiador nem saber os fundamentos filosóficos da Educação. É preciso também conhecer a escola e conviver com professores experientes, que atuem como tutores e sejam remunerados para tal. Isso é tão óbvio quanto reconhecer que anatomia teórica e psicologia infantil são importantes, mas não suficientes para formar cirurgiões e pediatras. Eles precisam de uma vivência prática numa residência médica supervisionada. Infelizmente, nossos jovens têm de procurar muito para encontrar cursos em que, além de receberem uma boa base cultural, possam entrar em contato com a realidade das escolas de Educação Básica e, nelas, aprender a alfabetizar ao lado de uma boa alfabetizadora e a ensinar Matemática ou História com bons mestres, numa espécie de “residência pedagógica”.




Há grandes universidades públicas em que as licenciaturas são depreciadas como meros subprodutos, pois suas aulas nem sequer pesam na avaliação docente. Entre os que ensinam a ensinar, há muitos que não veem uma sala de aula com crianças desde quando eram crianças... Há também muitos cursos de Pedagogia que, ao formar, ao mesmo tempo, futuros gestores escolares e professores, em seus currículos sobrecarregam a visão sistêmica e administrativa, com prejuízo da formação para a sala de aula (como se um mesmo programa fosse capaz de formar gestores hospitalares e médicos). Por isso, é preciso evitar que uma pedagogia do discurso predomine sobre a arte de ensinar ou que a preleção abstrata tome o espaço da vivência didática. As mais recentes diretrizes oficiais de formação docente até que aumentaram a exigência de práticas formativas, mas isso só será cumprido por faculdades que tenham vínculos com a Educação Básica. E, no novo plano educacional, anuncia-se a formação docente em centros de Educação Tecnológica porque se espera que nessas instituições os cursos formativos tenham mais espaço para atividades didáticas do que em muitas universidades e faculdades.
O ideal é que a formação estivesse articulada com redes municipais e estaduais, com cooperação mútua: as universidades responderiam pelo aperfeiçoamento permanente em serviço e as escolas abririam as portas para garantir as atividades práticas da formação inicial, oferecendo seus melhores quadros como tutores. Um programa como esse, incorporado ao plano nacional, aperfeiçoaria os professores e, ao mesmo tempo, aprimoraria as escolas brasileiras. Afinal, nunca é demais lembrar que sem bons professores não há boas escolas e, sem estas, as expectativas de melhorar a Educação fatalmente acabarão frustradas.

Luis Carlos Menezes é físico e educador da Universidade de São Paulo. Endereço eletrônico: pensenisso@abril.com.br







sábado, 18 de outubro de 2014



Semana de Arte e Cultura da Escola Olivina Olivia 
realizada nos dias 26 e 27 de setembro



















LER DEVIA SER PROIBIDO
Guiomar de Grammon

A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.
Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não deem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.




Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. É esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs  ou no silêncio da alcova... Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos. Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos... A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e o público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.

Ler pode tornar o homem perigosamente humano.















O Simulado Enem 2014 organizado pelo projeto do PIBID-UFPB, realizado nos dias 13 e 14/10 foi composto de 140 questões de múltipla escolha, divididas em duas provas: a primeira reuniu testes de ciências humanas e ciências da natureza; a segunda, de linguagens e matemática além da redação, cujo tema proposto foi "A maioridade penal no Brasil".
Todas as questões apresentadas eram inéditas e seguiam a matriz de habilidades e competências definidas pelo Ministério da Educação (MEC) — e cobrada no Enem. Todos os testes foram elaborados pelos próprios bolsistas do projeto do PIBID-UFPB.
Todos os alunos do 3º ano do Ensino Médio das escolas da rede Estadual de Ensino da Paraíba: Padre Hildo Bandeira, Luiz Gonzaga de A. Burity e Olivina Olivia, assistidas pelo projeto do PIBID, puderam passar por todo o processo de inscrição até a realização das provas, que foram fiscalizadas pelos Bolsistas e pelos Professores Coordenadores do projeto.


Simulado ENEM realizado na EEEFM Luiz Gonzaga de A. Burity.

Bolsistas participantes: Arismar Lourenço, Adriana Michelle, Ismania Ferreira, Luis Aurelio, Maysa Morais, Mayara Ricardo, Rariela Salustino, Rodolfo Venicius, Simone Ferreira, Shirley Patricia e Taynan Câmara.
Coordenadoras do PIBID-UFPB Letras Português: Prof.ª Fátima Melo e Prof.ª Graça Carvalho
Supervisora do PIBID Letras Português na Escola Luiz Gonzaga de A. Burity: Prof.ª Erika Karla.




           

          

          

          

       

        

        

         











Verdades da Profissão de Professor

"Ninguém nega o valor da educação e que um bom professor é imprescindível. Mas, ainda que desejem bons professores para seus filhos, poucos pais desejam que seus filhos sejam professores. Isso nos mostra o reconhecimento que o trabalho de educar é duro, difícil e necessário, mas que permitimos que esses profissionais continuem sendo desvalorizados. Apesar de mal remunerados, com baixo prestígio social e responsabilizados pelo fracasso da educação, grande parte resiste e continua apaixonada pelo seu trabalho.
A data é um convite para que todos, pais, alunos, sociedade, repensemos nossos papéis e nossas atitudes, pois com elas demonstramos o compromisso com a educação que queremos. 
Aos professores, fica o convite para que não descuidem de sua missão de educar, nem desanimem diante dos desafios, nem deixem de educar as pessoas para serem “águias” e não apenas “galinhas”. Pois, se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela, tampouco, a sociedade muda."

Paulo Freire




Confraternização dos Professores na EEEF Prof.º Luiz  Gonzaga de A. Burity



Cartaz confeccionado 
Uma homenagem dos bolsistas do PIBID a todos os Professores 








segunda-feira, 13 de outubro de 2014






Tarde Cultural na Escola Olivina Olívia

 "Uma viagem à África"

Organizada pelos Bolsistas: Sayonara, Joseane, Amanda e Clodoaldo, 
com a supervisão da Prof.ª Lucivânia.


 À tarde cultural na Escola Olivina Olivia teve como introdução a apresentação dos PALOP, países que tem o português como língua oficial, a partir dessa introdução foram colocadas em evidencia às influências africanas na língua brasileira, como também as principais celebridades no campo da literatura.
Questão de culminância política e social como  Aparthaid foram trabalhadas e discutidas. Abriu-se também um espaço para a Leitura e discussão dos contos "As mãos dos pretos"  de  Luís Bernardo Honwana e “O Perfume" de Mia couto. A culminância da tarde foi à confecção dos cartazes de temática livre dentro do que foi visto durante todo o evento.